Sismo em Lisboa: Preço das casas vai aumentar porque fazem massagens
E drenagem linfática.

Foi sentido um sismo de magnitude 4.7 na escala de Richter, esta segunda-feira, em Lisboa. Este abalo ocorre pouco tempo depois de um outro, de madrugada, que os lisboetas ainda não esqueceram, permanecendo a dormir debaixo de mesas.
Apesar de não se terem registado vítimas nem dados materiais, o Imprensa Falsa sabe que há consequências económicas na cidade. Assim, os preços das casas aumentaram, em média, 20% nas últimas horas. Em causa, para este aumento, está o facto de os imóveis efectuarem massagens.
“Foi muito agradável, já tinha sido da outra vez, à noite… eu até acho que me desbloqueou aqui uma coisa, porque eu andava com uma dor aqui deste lado”, explica Simplício, “aquela vibração e depois o mantra que se ouve, ‘brrrr’… muito relaxante, sim, apesar de ser um fenómeno teoricamente assustador”.
“Eu cancelei a drenagem linfática que tinha para amanhã, porque isto hoje já drenou bastante”, admite também Simplícia, “foi pouco tempo, sim, mas caramba, a terra a tremer tem mais força que aquela máquina das raparigas”.
Certo é que nem toda a gente está de acordo e levantaram-se algumas vozes críticas. “Fazem massagens, certo, mas não temos o comando, eu por exemplo hoje estava no escritório, por isso senti mas no escritório”, reclama um indivíduo, que é honesto quando confrontado com o facto de o sismo anterior ter sido à noite: “Também têm razão, sim, não podemos só dizer mal.”
Entretanto, no momento em que ocorreu o sismo desta segunda-feira, havia várias pessoas no Museu do Terramoto de Lisboa - Quake. “Recomendo, olhe que nunca tinha tido um experiência imersiva deste nível, o sismo parecia absolutamente real, estremeceu tudo, foi como se estivesse mesmo a ocorrer um sismo, sim senhor, nada a dizer, o bilhete não é barato, pronto, mas vale a pena, vale muito a pena”, afirmava Amílcar Treco, à saída.
(De um Festival da Canção:
"Ele morreu
E a terra tremeu")
;D