Portugal entre os melhores destinos para se ser burlado com uma casa de férias

Tanto para portugueses como para estrangeiros.

Foto de Simon Lund na Unsplash

Tem vindo a aumentar o número de casos de burlas com casas de férias em Portugal, mas o país está tão em alta no turismo que até isso são boas notícias. Portugal acaba de ser eleito pela revista TravelScam como o melhor destino para se ser burlado com uma casa de férias.

«Adorámos, sim. Chegámos ontem já tarde, estávamos cansados e carregados de malas, chegámos ao local, perto de Olhão, e onde devia estar uma belíssima moradia com piscina só havia um café manhoso», recorda Tom Simplicy, um turista britânico.

Questionado sobre como podem ter apreciado uma coisa dessas, Tom explica que foram logo muito bem recebidos pelos senhores do café, ao contrário do que se passou em Espanha, por exemplo, que quando chegaram ao local onde devia ser uma belíssima moradia com piscina estavam lá dois indivíduos que lhes ficaram com as bagagens.

«Muito, muito simpáticos, os senhores do café. Arranjaram-nos logo dois quartos num andar por cima do café, que por sorte ainda estavam livres», continua este turista que, quando questionado sobre se acabaram por dormir bem e descansar, é peremptório: «Não, porque só depois de pagarmos é que descobrimos que o café também não tinha andar de cima, ou seja, tínhamos sido burlados outra vez, mas entretanto já tínhamos um táxi à espera, por sinal um senhor também muito simpático, que se ofereceu para nos levar à polícia, mas recomendou-nos logo uma esquadra em Viana do Castelo, que ele diz que despachava melhor os processos e não era longe. Deu para dormirmos na viagem e a viatura era de facto muito silenciosa, nem ouvi o ruído do motor e quando acordei já estávamos na “GNR de Loulé” em Viana do Castelo, onde também fomos muito bem tratados. Ao contrário de Itália, por exemplo, que da vez que fomos lá burlados ainda levámos uma sova da polícia e fomos acusados de prostituição por estarmos junto a um motel abandonado a pedir boleia.»

Recorde-se que as burlas com casas de férias também afectam o turismo interno, com muitos portugueses a perderem o sinal que deram pelas reservas. “Perdi 1000 euros, mas olhe… valeu a pena, porque a casa, se existisse mesmo, era mesmo muito boa e muito barata”, explica Simplício, “voltava a sinalizá-la hoje, mesmo já sabendo que se trata de uma burla, porque aquilo são preços que não se encontram em lado nenhum”.