Marcelo responde com um gelado: Nunca um Presidente tinha usado a bomba calórica
Relações cada vez mais frias.
Os portugueses sabiam que a crise era séria, mas estavam longe de imaginar os desenvolvimentos das últimas horas. Ontem à tarde, e pela primeira vez na história da democracia portuguesa, o Presidente da República usou a bomba calórica.
Pouco passava das 20 horas quando Marcelo comeu um gelado em Belém, uma figura constitucional guardada para as situações mais complexas e que só pode ser usada quando está em causa, para além da estabilidade das instituições democráticas, um ratinho na barriga.
Em São Bento, António Costa já sabia que o Presidente da República tinha de responder, mas fonte próxima do primeiro-ministro garante que o gelado não estava em cima da mesa: “Admitimos, entre outras possibilidades, a dissolução do Parlamento ou a demissão do Governo, nunca o gelado Santini.”
Certo é que António Costa não se ficou, mais uma vez, e pediu waffles com xarope de agave. Entretanto, já esta quinta-feira de manhã, o primeiro-ministro enviou para Belém a carrinha dos gelados, que tem estado a passar à frente do Palácio de Belém.
“É o pessoal da CGTP?”, perguntou Marcelo, há instantes, ao ouvir um carro a passar com música. “Não, senhor presidente, é carrinha dos gelados Family Costa, senhor presidente”, explicou um assessor.